domingo, 6 de janeiro de 2013

The fault in our stars.

"My thoughts are stars I can't fathom into constellations."

LIVRO:
A culpa é das estrelas (The fault in our stars)
AUTOR: John Green
LANÇAMENTO: 2012
PÁGINAS: 288
SINOPSE: Em "A culpa é das estrelas", Hazel é uma paciente terminal de 16 anos que tem câncer desde os 13. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.

MELTIDA TAGARELA: Com apenas um dia de blog, acho que já deu pra notar minha admiração pelas obras do Green. "A culpa é das estrelas" foi o primeiro livro do autor que li e, de imediato, me apaixonei.
A expressão "montanha russa de emoções", por mais piegas que seja, consegue definir perfeitamente os sintomas desse drama.

É certo que nenhuma história sobre câncer em adolescentes será uma comédia. Logo de início o leitor já imagina um desfecho triste, simplesmente pela previsibilidade do tema. Mas, para a surpresa de todos, o desenrolar das 288 páginas conta com um equilíbrio de sensações distintas. Apesar de toda a tensão que perturba a mente de quem lê a obra, muitos risos são despertados. O modo como Hazel e Augustos se relacionam é delicioso de ler, pois logo você nota a pureza do sentimento junto ao constrangimento  que os personagens sentem. 
A obra mais recente de John Green possibilita ao leitor uma nova filosofia de vida, um novo modo de encarar as situações. Você entra no mundo dos jovens que têm a vida contada, um número limitado de "zeros do infinito". Obviamente, lendo um romance sobre a luta contra o câncer você não é capaz de imaginar o sofrimento desses adolescentes que sabem que, a qualquer momento, tudo pode ir embora. Conviver com essa doença deve ser um pesadelo, uma angústia sem fim. 
Nessa narrativa, os protagonistas vão se aproximando aos poucos graças à doença, ao bom gosto por livros e através da curiosidade. De repente, estão intrigados e com mais sintomas: percebem que estão apaixonados. Oh.
Augustus Waters pode não ser seu perfil de galã ou herói, mas para mim, definitivamente, ela é um dos personagens mais românticos já inventados. O modo como ele dá tudo de si para ver Hazel feliz é inexplicavelmente gracioso. Esse cara merece o dobro da fama de um Edward Cullen, MAS ENFIM.
Não sou capaz de achar um único adjetivo para descrever esse livro, mas diria que "apaixonante" se encaixa bem na situação. Revirei todas as páginas da noite para o dia, ri, chorei, torci, chorei mais, ri de novo, torci ainda mais, me revoltei, chorei ainda mais, respirei fundo, meditei e me apaixonei. 
Se você, caro leitor, tiver bom gosto e for obediente, ao ler essa perfeição, aconselho que esteja acompanhado de um belo pacotinho de lenços. Talvez eu seja mesmo muito vulnerável para livros assim e me envolva demais com os personagens, mas acho que qualquer ser humano com um simples coração é capaz de se entregar às emoções de "A culpa é das estrelas". 
Ao terminar a leitura eu mal sabia ao certo o que estava sentindo. Juro.
Era como se os pensamentos da Haz estivessem invadindo minha mente, como se o Gus fosse meu amigo, meu querido. Como se a qualquer momento tudo pudesse escapar das minhas mãos como uma fumaça. É gente, é com livros assim que você aprende a dar um pouco mais de valor a sua vida. 
Às vezes a gente reclama de uns problemas tão simples, de certas insatisfações tão desnecessárias... Poucas são as vezes em que realmente focamos em uma questão mais séria, relevante. Temos essa estúpida mania de reclamar o mundo, por tudo. E esse tudo, na verdade, é um mero nada.


Queria não ser uma granada, 
não ser uma força malévola nas vidas das pessoas que amava.

"Sem dor, como poderíamos reconhecer o prazer?"

"Alguns infinitos são menores do que outros.

“Não dá para escolher se você vai ou não se ferir neste mundo, 
mas é possível escolher quem vai feri-lo. Eu aceito as minhas escolhas.”


Enquanto ele lia, me apaixonei do mesmo jeito que alguém cai no sono:
 gradativamente e de repente, de uma hora para outra.

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